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David Moura é prata, e Baby leva o bronze, no mundial de Judô

O Brasil fez dobradinha no Mundial de Budapeste. David Moura e Rafael Silva (Baby) subiram ao pódio no peso-pesado (+100kg): prata e bronze para os brasileiros. O ouro só não veio por conta de um francês que continua imbatível. Teddy Riner não perde há 134 lutas ou nada menos que sete anos. Sua última derrota foi no dia 13 de setembro de 2010, quando o japonês Daiki Kamikawa o venceu na final do Mundial Absoluto. Neste sábado, o bicampeão olímpico alcançou seu oitavo título mundial da categoria (ele ainda tem um título mundial absoluto em 2008).


- Foi um dia longo. Estou bem feliz de começar o novo ciclo com uma medalha em mundial. Importante se manter entre os melhores, em alto rendimento. O novo ciclo começa com vários atletas novos na categoria, que vieram do -100kg. Então é uma felicidade muito grande começar esse novo ciclo com a medalha de bronze. A disputa vai ser grande até chegar 2020, até por conta de ter outro brasileiro na categoria. Isso mostra que a força do pesado do Brasil é grande e vai ser muito bom ter essa disputa sadia até o fim do ciclo - avaliou Baby.
Com o fim das disputas individuais, o Brasil terminou em 4º lugar no quadro geral de medalhas: um ouro (Mayra Aguiar), uma prata (David Moura) e dois bronzes (Érika Miranda e Rafael Silva). O Japão sobrou em Budapeste e liderou a lista com sete ouros, quatro pratas e um bronze. A França ficou em segundo (dois ouros e um bronze), e a Mongólia, em terceiro (um ouro, uma prata e quatro bronzes).
                                                                                                                                                                    
PÓDIO CATEGORIA PESADO (+100kg)
1º Teddy Riner 🇫🇷A
2º David Moura 🇧🇷A
3º Rafael Silva 🇧🇷A
3º Tuvshinbayar Naidan 🇲🇳G

A trajetória de David até a prata
Número 1 do ranking mundial, David Moura começou as disputas contra o sérvio Zarlo Kulum. O brasileiro precisou de 30 segundos para imobilizar o rival e vencer na estreia por ippon. Depois, foi contra Aliaksandr Vakhaviak, de Belarus. David conseguiu um waza-ari para seguir na competição. Em seguida, encarou o mongol Tuvshinbayar Naidan. Com um lindo golpe, mandou o adversário ao chão. Vitória por waza-ari e vaga na semifinal.
Para chegar à decisão, David precisou enfrentar mais que o húngaro Barna Bor. Ele lutou contra um ginásio inteiro apoiando o queridinho da casa. O brasileiro não se intimidou e venceu por ippon depois de um belo uchi-mata para calar a arena em Budapeste. Na final, uma missão "quase impossível". O rival, Teddy Riner. O combate foi duro, truncado, mas o francês dominou a pegada do brasileiro e não deu brechas. A luta foi para o golden score e depois de 5min49s, Riner conseguiu o ippon para somar mais um título mundial.
O caminho de Baby ao bronze
Baby bateu Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, na estreia, por ippon. Na sequência, contra o romeno Daniel Natea, ganhou por waza-ari. O rival seguinte foi o tunisiano Faicel Jaballah. Novamente, Rafael Silva conseguiu vencer por ippon. Nas quartas, encarou Teddy Riner e não teve chances. O francês aplicou dois waza-aris e imobilizou o brasileiro por 20 segundos, ganhando por ippon, avançando para a semi e empurrando o rival para a repescagem.
Para continuar sonhando com a medalha, Baby precisava passar pelo austríaco Daniel Allerstorfer. A luta foi dura e caminhou para o golden score com uma penalidade contra o brasileiros, e duas contra Allerstorfer. Depois de quase seis minutos de combate, o austríaco voltou a ser punido e perdeu a luta. Na disputa do bronze, o rival foi Borna Bor. O húngaro, apoiado pela torcida, foi bem, mas a experiência do brasileiro contou mais. O combate foi mais uma vez para o golden score. Depois de 6min18s, Bor recebeu o segundo shido, e Baby comemorou o bronze - sua terceira medalha em mundiais (prata Rio 2013, bronze Chelyabinsk 2014 e Budapeste 2017).
Luciano Corrêa e Maria Suelen eliminados
Maria Suelen Altheman estreou contra a argelina Sonia Asselah (+78kg). A brasileira venceu depois que a rival cometeu três infrações e foi desclassificada. Na sequência, encarou a chinesa Yu Song, medalha de bronze nos Jogos Rio 2016 e atual campeã mundial, e perdeu por ippon dando adeus ao Mundial. Campeão do mundo no Rio de Janeiro em 2007, o veterano Luciano Corrêa fez apenas uma luta no meio-pesado (100kg). Ele caiu na estreia para o britânico Benjamin Fletcher, com um waza-ari no golden score.


Programação de domingo
Competição por equipes mistas
4h - Eliminatórias (horário de Brasília)
11h - Finais (horário de Brasília)

A equipe brasileira é cabeça de chave e aguarda o vencedor de China e Polônia para fazer sua estreia na inédita competição de equipes mistas, que fará parte do programa olímpico de Tóquio 2020. São três pesos para cada naipe. No feminino: 57kg, 70kg e +70kg. No masculino: 73kg, 90kg e +90kg. O Brasil tem 11 inscritos. Rafaela Silva e Érika Miranda (57kg); Maria Portela (70kg); Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza (+70kg); Marcelo Contini e Eduardo Barbosa (73kg), Victor Penalber e Eduardo Betoni (90kg), e Rafael Silva e David Moura (+90kg).

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